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O que é a condromalácia patelar?
A condromalácia patelar é uma doença que afeta a cartilagem que reveste a parte de trás da patela, ou seja, o osso que forma o joelho. Essa cartilagem tem a função de amortecer o impacto entre a patela e o fêmur (O osso da coxa), durante os movimentos do joelho. Quando essa cartilagem se desgasta ou se danifica, ocorre a condromalácia patelar, que causa dor e dificuldade para realizar atividades como subir e descer escadas, agachar, correr ou andar de bicicleta.
A condromalácia patelar é uma doença que pode causar muita dor e limitação funcional no joelho. Por isso, é importante procurar um médico ortopedista assim que surgirem os primeiros sintomas e seguir as orientações de tratamento. Além disso, é fundamental adotar hábitos saudáveis que previnam ou retardem o desgaste da cartilagem, como manter um peso adequado, praticar exercícios físicos regularmente e evitar movimentos repetitivos ou prejudiciais ao joelho.
A condromalácia patelar não tem cura, mas pode ser controlada com tratamento adequado, que inclui também uso de medicamentos anti-inflamatórios, aplicação de gelo, uso de órteses ou palmilhas e perda de peso, se necessário. Com essas medidas, é possível melhorar a qualidade de vida de quem tem condromalácia patelar e continuar praticando atividades físicas com segurança e prazer.
Causas
A condromalácia patelar é mais comum em mulheres, principalmente as jovens e as que praticam esportes de alto impacto, como vôlei, basquete ou futebol. Isso porque as mulheres têm uma maior tendência a ter uma patela mais alta e deslocada para fora, o que aumenta o atrito entre a cartilagem e o fêmur. Além disso, outros fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da condromalácia patelar são:
- Traumatismos no joelho, como quedas ou pancadas;
- Alterações na anatomia do joelho, como joelho valgo (para dentro), joelho varo (para fora) ou joelho recurvato/hiperestendido (para trás);
- Fraqueza ou desequilíbrio muscular na região da coxa e do quadril;
- Excesso de peso ou obesidade;
- Uso excessivo ou inadequado do joelho, como por exemplo, ficar muito tempo sentado com o joelho dobrado ou usar sapatos de salto alto.
Diagnóstico
O diagnóstico da condromalácia patelar é feito pelo médico ortopedista, que avalia os sintomas, o histórico clínico e o exame físico do paciente. Além disso, podem ser solicitados exames de imagem, como radiografia, ultrassonografia ou ressonância magnética, para avaliar o grau de comprometimento da cartilagem e descartar outras possíveis causas de dor no joelho.
Tratamento
O tratamento da condromalácia patelar depende da gravidade da doença e dos sintomas apresentados pelo paciente. Em geral, o tratamento envolve medidas como:
- Uso de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos para aliviar a dor e a inflamação;
- Aplicação de gelo no joelho por 15 minutos, duas a três vezes ao dia;
- Realização de fisioterapia para fortalecer os músculos da coxa e do quadril, melhorar a mobilidade do joelho e corrigir possíveis alterações posturais;
- Prática de atividades físicas de baixo impacto, como natação, hidroginástica ou pilates, sob orientação profissional;
- Perda de peso, se necessário;
- Uso de órteses ou palmilhas para melhorar o alinhamento do joelho e reduzir o atrito entre a patela e o fêmur.
Em casos mais graves ou que não respondem ao tratamento conservador, pode ser indicada a cirurgia para reparar ou substituir a cartilagem danificada. A cirurgia pode ser feita por artroscopia, que é um método menos invasivo e com uma recuperação mais rápida.
Para aliviar os sintomas e evitar o agravamento da condromalácia patelar, é importante fazer exercícios que fortaleçam os músculos que envolvem o joelho, como os quadríceps, os isquiotibiais e os glúteos. Esses exercícios ajudam a estabilizar a articulação e a reduzir o atrito entre a patela e o fêmur.
Exercícios
A seguir, alguns exemplos de exercícios recomendados para quem tem condromalácia patelar. Esses exercícios devem ser feitos sob orientação de um profissional, respeitando os limites de cada pessoa e evitando a dor. Além disso, é importante evitar exercícios que causem impacto ou sobrecarga nos joelhos, como saltos, corridas ou escadas:
- Agachamento: Fique em pé com os pés afastados na largura dos ombros e as mãos na cintura. Flexione os joelhos lentamente, mantendo as costas retas e o abdômen contraído. Desça e volte à posição inicial.
- Leg press: Sente-se na máquina de leg press com as costas apoiadas no encosto e os pés na plataforma. Empurre a plataforma com as pernas até esticá-las, sem travar os joelhos. Volte lentamente à posição inicial.
- Extensão de joelho: Sente-se em uma cadeira com as costas retas e os pés no chão. Estenda uma das pernas até ficar paralela ao chão, contraindo o quadríceps. Mantenha a posição por alguns segundos e volte à posição inicial.
- Flexão de joelho: Deite-se de barriga para baixo em um colchonete com as pernas esticadas. Flexione uma das pernas, aproximando o calcanhar do glúteo, sem tirar a coxa do chão. Mantenha a posição por alguns segundos e volte à posição inicial. Faça o mesmo com a outra perna.
- Ponte: Deite-se de barriga para cima em um colchonete com os joelhos flexionados e os pés no chão. Eleve o quadril do chão, contraindo os glúteos e o abdômen. Mantenha a posição por alguns segundos e volte à posição inicial.
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