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Os seres humanos são capazes de realizar vários movimentos. Estes movimentos envolvem força, flexibilidade, velocidade, etc. Estas qualidades são chamadas de capacidades motoras, biomotoras ou valências físicas.
Os variados esportes demandam uma maior predominância de algumas capacidades. Algumas modalidades precisam de força, outras de velocidade, outras de resistência e algumas modalidades exigem um alto grau de coordenação.
A nossa capacidade de executar um movimento é considerada a “causa” e o movimento é apenas o efeito, ou seja, a consequência. A partir daí, entende-se que podemos aperfeiçoar a “causa”, ou seja, os componentes fisiológicos que influenciam a causa (Gerando um bom efeito). De maneira geral, isto seria o “treinamento”.
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Os movimentos que vemos sendo realizados pelos grandes atletas, envolvem a combinação de capacidades físicas condicionantes e coordenativas. Essa combinação de capacidades é o que chamamos comumente de técnica ou habilidade.
Capacidades motoras condicionantes (Resistência, força, velocidade¹ e flexibilidade²)
São o conjunto de capacidades motoras que tem aspectos fisiológicos em nosso organismo. São as capacidades que necessitam de energia, que “movimentam” o metabolismo energético.
Capacidades motoras coordenativas (Equilíbrio, ritmo e coordenação motora)
São as capacidades que precisam de controle motor. Elas envolvem a organização do corpo para realizar os movimentos por meio dos mecanismos de controle corporal como tato, visão, audição, etc. Basicamente, são as capacidades controladas pelo cérebro. Elas organizam e regulam os movimentos, aprendendo, organizando e executando os gestos técnicos.
¹,² Velocidade e flexibilidade podem ser consideradas capacidades intermediárias, pois, não dependem só da parte condicionante ou da parte coordenativa, mas, da combinação entre as demais capacidades.
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As capacidades biomotoras podem ser divididas em componentes para a Saúde e para o Desempenho Atlético.
Componentes da aptidão física relacionada à Saúde (Resistência Cardiorrespiratória, Força/Resistência muscular e Flexibilidade):
Estas capacidades tem a característica de prevenção ao surgimento de disfunções degenerativas causadas pelo sedentarismo, ou seja, doenças como diabetes ou obesidade. Podemos dizer que a aptidão física relacionada a saúde depende da prática de atividade física regular, independente do idade ou características do sujeito.
Componentes da aptidão física relacionada ao Desempenho Atlético (Velocidade, potência, agilidade, coordenação e equilíbrio):
Neste caso, além dos componentes voltados para a saúde, adicionamos as capacidades necessárias aos esportes. Para o desempenho atlético a herança genética e o ambiente influenciam muito. Por exemplo, um jogador de basquete precisa ser alto, rápido e forte, enquanto, um ginasta também precisa ser rápido, forte e flexível, porém, mais baixo.
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E como avaliamos as capacidades motoras?
Por meio de testes motores!
Uma das maneiras de identificar o desempenho motor (como os componentes da aptidão física estão quantitativamente) são aplicados testes motores. Por exemplo, o famoso TAF – Teste de Aptidão Física, muito utilizado em concursos públicos.
Os testes motores são situações em que a pessoa avaliada será submetido a uma (ou algumas) situações onde aquela capacidade motora será testada. A partir do resultado podemos dizer o sujeito está apto ou não para aquela função, se ela possui o mínimo daquele pré requisito.
A partir dos resultados dos testes motores (e demais avaliações físicas), são elaborados os Programas de Condicionamento Global, com o intuito de melhorar todas as capacidades motoras.
Alguns autores consideram que as capacidades não se desenvolvem separadamente, portanto, os programas de treinamento devem aprimorar todas as capacidades do sujeito, independe se este sujeito busca apenas saúde ou o desempenho atlético.
Ao final, podemos concluir que as capacidades motoras são complexas e estão relacionadas entre si. Dependendo do objetivo do cliente/atleta, devemos nos preocupar em atingir os objetivos dos nossos alunos com um programa de exercícios adequado para o bom desenvolvimento de suas capacidades motoras.
Referências:
BOMPA, Tudor O. Periodização: Teoria e metodologia do treinamento. São Paulo: Phorte Editora, 2002.
FLECK Steven J. KRAEMER William J. Fundamentos do treinamento de força muscular. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
GOMES, Antonio Carlos. Treinamento Desportivo: Estruturação e periodização. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
GUEDES, Dartagnan Pinto. Manual Prático para Avaliação em Educação Física. São Paulo: Editora Manole, 2006.
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