Fonte: Pixabay |
A avaliação da
composição corporal busca determinar a proporção dos elementos
que formam o corpo humano. Tais informações são importantes para a
saúde (Ex: aptidão física), rendimento desportivo (Ex: força,
velocidade) e maturação biológica (Desenvolvimento humano).
Existem vários
autores que estudam a composição corporal. Resumidamente o peso
corporal (massa corporal) é dividido em 5 componentes separados
por níveis, conforme o proposto por Wang (1992) e sua equipe:
-
Nível atômico (Hidrogênio, carbono, oxigênio);
-
Nível molecular (Proteínas, lipídios, água);
-
Nível celular (Massa celular, fluídos e sólidos celulares);
-
Sistema tecidular (Sangue, ossos, tecido adiposo, músculos);
-
Corpo total (Corpo todo);
A composição corporal muda durante as fases da vida e seus valores são diferentes para
homens e mulheres. No âmbito da academia normalmente busca-se
verificar o tecido adiposo (percentual de gordura) e a quantidade de
massa magra/isenta de gordura (focando em músculos).
Como
conseguimos saber a nossa composição corporal? Por meio dos Métodos
antropométricos! Utilizando destes métodos os profissionais da saúde
conseguem monitorar o crescimento e o desenvolvimento humano.
Fonte: Pixabay |
O procedimento
mais direto que conhecemos é a dissecação de cadáveres,
considerado o “padrão ouro” para avaliar a composição corporal
(O padrão ouro pode ser considerado a melhor prática ou o melhor
jeito de se fazer). Quando se disseca um cadáver é possível pesar/medir cada componente do corpo humano. Como só é possível dissecar pessoas mortas, foi necessário desenvolver outros métodos para
avaliar as pessoas em vida, principalmente para a realização de
pesquisas cientificas.
Surgiram então os
Procedimentos Indiretos, estes se utilizam de exames
físico-químicos, diagnósticos por imagem e densitometria. Por
causa de seu custo, foram desenvolvidos os Procedimentos Duplamente
Indiretos, que por meio da matemática, conseguem predizer a
composição corporal.
Dos métodos
indiretos, talvez os mais acessíveis sejam a bioimpedância e
a antropometria. Seguindo seus protocolos corretamente, por
meio de equações matemáticas, é possível predizer a composição corporal.
Fonte: Pixabay |
A antropometria
é uma parte da antropologia que avalia as medidas externas das
dimensões corporais, como peso corporal, estatura, perímetros,
dobras cutâneas, etc. A antropometria é uma das técnicas duplamente indiretas, que tem como vantagem, ser simples
de ensinar, seu custo é mais baixo e não machuca.
Alguns a
consideram de frágil precisão, mas, ainda é melhor do que nenhuma avaliação física. Afunilando mais um pouco, especificamente a medida das Dobras cutâneas, por meio de protocolos, é utilizada para determinar a quantidade
de gordura no tecido subcutâneo. Sabendo disto,
podemos concluir que o corpo humano é composto por várias substâncias, deste modo, “perder peso” é diferente de
“emagrecer”.
O peso pode ser o mesmo, mas, a composição corporal é diferente! Fonte: Google |
Em um programa de emagrecimento, por exemplo, devemos focar em reduzir a quantidade de gordura. Se você estiver desidratado ou perdendo massa magra, vai passar na balança e acreditar que está emagrecendo, pois perdeu alguns quilos. Pode acontecer também de você treinar e se alimentar corretamente, passar pela balança e se entrar em pânico pensando que "engordou", pois ganhou alguns quilinhos (Você trocou gordura por músculos, oras!). Então, não se deve acreditar somente no que se vê na balança.
Fonte: Pixabay |
Concluindo, a
avaliação da composição corporal é um componente importante
quando se participa de um programa de treinamento, tanto para quem busca emagrecer, quanto para quem busca ganhar uns quilinhos. Por meio da avaliação física podemos saber se estamos próximos dos nossos objetivos e quando necessário, promover os
ajustes necessários. Emagrecer é diferente de perder peso, assim,
não se deve confiar totalmente na balança. Outros elementos devem ser observados, como por exemplo, suas medidas! Já experimentou vestir aquela calça que estava apertada e perceber que agora ela cai bem, mesmo com uns quilinhos a mais na balança? ;)
Referências:
CAMPBELL,
Bill I; Spano, MARIE A. Guia Da NSCA para nutrição o exercício e
no esporte. 1. ed. São Paulo: Phorte, 2015.
COSTA,
Roberto Fernandes da. Composição corporal: Teoria e prática da
avaliação. São Paulo: Manole, 2001.
MCARDLE,
Willian D; KATCH, Frank I; KATCH, Victor L. Fisiologia do exercício.
Energia, nutrição e desempenho humano. 5. Ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2003.
POWERS,
Scott K. HOWLEY, Edward T. Fisiologia do Exercício: Teoria e
Aplicação ao Condicionamento e ao Desempenho. 9. ed. São Paulo:
Manole, 2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja gentil!
Ou procure uma Rage room!