quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Capítulo 5 - O UNIVERSI-O-TÁRIO - PARTE I

Naquele mesmo ano ele começou a estagiar em uma empresa de Cobrança por telefone. Naquela época, ainda não havia sido aprovada a lei do estágio, então, a jornada era de 8 horas por dia. Porém, 17:30 já estava encerrando o expediente. 

Também não havia muitas "regras" para cobrança por telefone, então, só dava para receber dos clientes por meio de ameaça. O trabalho era terrível, mas, dava para pagar as contas. O que aprendemos com isto?

Aprendemos a comprar coisas usadas! Livros universitários custavam bem menos no Sebo, sobrava até para as fotocópias (Vulgo: Xérox).

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17:30? #partiucasa
Fonte: Pixabay

Em 2007 a cobrança por telefone já tinha deixado nosso personagem maluco e desgraçado da cabeça. Então, ele saiu. 

Fez uns bicos até conseguir outro emprego no comércio. Auxiliar de escritório/faturamento/caixa/departamento pessoal, motorista, office boy, etc. Ele atuava em sua área de formação (a jornada era terrível). Fazia o trabalho de 5 pessoas e ainda cobria as férias do chefe. 

Finalmente em 2009 ele estava formado
E, naturalmente, formado foi pedir um aumento de salário, afinal, nada mais justo. Trabalhava bem, vestia a camisa, fazia a diferença... 

Doce ilusão.

Aumento de salário. Que nada!  #facepalm

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Nem um mísero real
Fonte: Pixabay

E depois de 3 anos com aquele salarinho medíocre, em 2010, ele desistiu de dar murro em ponta de faca e foi procurar outra empresa com mais oportunidades. Ele já tinha percebido que não conseguiria ganhar mais dinheiro mesmo sendo o primeiro a chegar e o último a sair. 

E novamente começou uma jornada em busca de uma empresa grande, reconhecida no país todo, talvez até uma multinacional... E ele conseguiu! 

Ele conseguiu uma oportunidade em uma empresa que atuava no Brasil todo! O salário e os benefícios eram legais, trabalhava 8 horas por dia de segunda a sexta. Férias 2 vezes por ano, benefícios até cair da cadeira. Finalmente a prometida carreira promissora! 

Mas, em pouco tempo ele percebeu que as coisas não aconteciam do jeito que tinham que acontecer... Tinha muita gente desocupada naquele lugar...

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Pinte o desenho para entender o perfil da empresa
Fonte: Pixabay

O fato é que a engrenagem não rodava! Não havia vendas novas, não havia a manutenção dos clientes "velhos", não tinha teto, não tinha nada! 

Existiam apenas uns eventos BOCÓS! "Café da manhã do não sei o que", "almoço dos que não tem o que fazer", "encontro dos desocupados do sul"... Entenderam? Os dias passavam e as pessoas não produziam!

O barco estava afundando, as luzes estavam se apagando... Ele ainda aguentou por mais de 2 anos. Até que a situação atingiu o fundo do poço. O orçamento da instituição ficou negativo (No mundo “real” conhecemos isto como “falência”). Era hora de mudar.

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A vida batendo forte. Derrotado. De novo.
Fonte: Pixabay

Anos mais tarde ele descobriu que o presidente da instituição era um certo deputado flagrado com uma mala cheia de dinheiro...

Em maio de 2012 ele pediu demissão e decidiu voltar a estudar. Depois de 4 anos desistiu da Administração.  

E outra vez... O que aprendemos com esta história? 

Aprendemos que nada é definitivo. Nada dura para sempre.
& Tempo é uma moeda valiosa. Se você perder, nunca mais vai recuperar.

Continua...